Estar de férias é uma maravilha e quando somos ainda estudantes tudo tem um gostinho ainda mais especial. Nenhuma preocupação, a presença dos amigos, da nossa família e poder vivenciar além de um bom descanso, inesquecíveis aventuras que serão levadas para uma vida inteira.

Entretanto, todo o cuidado é pouco quando se trata de crianças e adolescentes que precisam de supervisão de responsáveis, e durante as férias em que as famílias são acostumadas a visitar resort, colônias de férias e outras empresas que fornecem serviços de atividades durante as férias.

Sendo assim é importante salientar a importância da segurança para evitar acidentes pequenos e graves durante momentos de curtição.

Por meio de entrevista, a instituição Férias Vivas, criada em 2002, explica como tanto os responsáveis como as empresas especializadas em atividade de férias devem trabalhar a segurança das crianças e adolescentes.

Como os pais e responsáveis podem garantir férias mais seguras para as crianças, que atitudes devem ser tomadas antes de decidir a viagem de férias?

A mensagem principal aqui é que acidentes são mais comuns do que imaginamos. E que toda viagem está sujeita a riscos. Isso não deve impedir ninguém de aproveitar as férias. Mas incentivar que os pais e responsáveis se preparem para os imprevistos e para a falta de infraestrutura dos locais. Se vamos falar de planejamento, é essencial buscar a experiência de outros viajantes antes de ir: saber, por exemplo, como estão as condições das estradas e qual é a avaliação da área de lazer da pousada ou do hotel. Nós, turistas, não conhecemos bem a região e devemos nos informar sobre eventuais situações de riscos e como evitá-las. A regra básica é não ter receio de perguntar. 

Durante as férias, não podemos desligar o radar e algumas dicas importantes são:

– Verifique o estado de manutenção dos parquinhos e dos brinquedos.

– Se a atividade oferecer risco de queda, incentive o uso de equipamentos de proteção individual, como capacete e joelheira.

– Em atividades na água, coloque coletes flutuadores nas crianças, mesmo que saibam nadar. Nas praias, vale perguntar sobre a maré e sobre a presença de salva-vidas no local. 

– Em caso de passeios aquáticos, analise as condições da embarcação, verifique o número máximo de passageiros permitido e exija coletes.

– Pesquise as condições do tempo em qualquer atividade a ser desenvolvida.

Que atitudes acampamento de férias, retiros, resort e afins devem tomar para que haja segurança para os menores (crianças e adolescentes). 

O que nos preocupa é o treinamento dos monitores. São jovens e contratados por temporada? Possuem qual treinamento das empresas? Qual a maturidade dos monitores para lidar com uma situação de emergência? E possuem competências de gestão de crise, gestão de pessoas e primeiros socorros? Pois a consequência de um acidente pode ser agravada se o atendimento de emergência não for realizado a tempo e de maneira correta. A equipe precisa saber quais ações emergenciais devem ser tomadas, com ênfase em riscos de afogamento e de queda, que são as situações mais comuns. 

Se acontecer algum inconveniente, como a empresa deve agir?  

Dependendo das atividades que o hotel oferece, a estrutura de emergência deve ser ampliada de acordo com uma análise de riscos prévia (no mínimo, a empresa deve providenciar equipamentos de primeiros socorros e um calendário de treinamento para a equipe).

Um inconveniente de pequena escala é uma oportunidade da empresa trabalhar a melhoria contínua de suas atividades. A empresa possui um monitoramento desses acidentes? Seu sistema de atendimento aos clientes é eficiente? A empresa é reativa diante de dúvidas e reclamações? A empresa dá sinais de que busca atender a necessidade do cliente e aperfeiçoar o serviço?

Conheça a Associação Férias Vivas.

Neste mês de julho, a Associação Férias Vivas comemora 21 anos de atuação com campanhas e ações para a prevenção de acidentes nas férias. O leitor pode acessar o site www.feriasvivas.org.br para conhecer mais dicas de planejamento de viagem.

O turista possui um papel importante ao conhecer seus direitos como consumidor e cobrar dos prestadores locais a infraestrutura mínima adequada. Com o compartilhamento nas redes sociais, nossa rede de informação tem crescido. O aplicativo EU VIVI está disponível gratuitamente a todos que queiram conhecer este mapeamento colaborativo da segurança turística. O aplicativo tem hoje 700 usuários, sendo tanto viajantes como profissionais de turismo que contribuem com experiências próprias para a prevenção de acidentes em locais de turismo e lazer.

Devemos salientar que para além de crianças e adolescentes, todos, não importa a idade precisam ter o direito a férias seguras seja onde for.