O helicóptero que caiu em uma fazenda do município de Santa Luzia, no interior do Maranhão, na manhã dessa terça-feira (2), apresentou problemas técnicos antes da acidente, segundo aponta a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA). A queda matou o piloto da aeronave, identificado como José Rondinelle da Encarnação Rodrigues, de 43 anos.
Ainda de acordo com a polícia, o piloto do helicóptero estava no local do acidente desde o último dia 22 de dezembro de 2023. Nesse período a aeronave passou por duas panes, sendo uma por falta de combustível e outra por perda de potência, que foi resolvida pela própria vítima realizando a limpeza do filtro de combustível do helicóptero.
O helicóptero Róbson 44, que foi modificado para realização de pulverização agrícola, estava a serviço da fazenda Agro-Maratá. No momento do acidente, a aeronave estava somente com o piloto a bordo realizando pulverização de veneno em um matagal dentro da área da própria fazenda.
Após a queda, o helicóptero pegou fogo e o piloto morreu carbonizado no local do acidente. O corpo de José Rondinelle foi encontrado minutos após o acidente pelo seu filho, de 18 anos, e por funcionários que trabalham na fazenda a uma distância de 3 km do hangar.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a aeronave de prefixo PT-YGI, fabricada em 1998, pertencia ao piloto José Rondinelle da Encarnação e estava com a operação negada para táxi aéreo.
O Certificado de Aeronavegabilidade do helicóptero também estava suspenso e vencido desde agosto de 2020. O documento que é emitido pela ANAC comprova que a aeronave estava em condições de operar com segurança.
Em nota, Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa I), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) , foi acionado para realizar a Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PT-YGI.
O órgão destacou que, na Ação Inicial são feitas “a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação”.
Ainda conforme a nota, “o Cenipa tem o objetivo de investigar as ocorrências aeronáuticas, de modo a prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram. A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”.
*Fonte: Imirante.*