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O dia que nunca amanheceu: A história de Andrielle Righi uma das 242 vítimas da tragédia da Boate Kiss. Parte 2.

 

(Esta é a parte 2 da matéria anterior, clique aqui para ler a parte 1).

Ligiane e Andrielle Righi. Foto: Arquivo Pessoal.

A luta por justiça:

Ligiane comenta que há 10 anos o processo de justiça está se arrastando deste que aconteceu. “Não podemos viver o nosso luto. Nós simplesmente tiver que lutar pelo óbvio, para que a justiça aconteça. São 10 anos de luta, 10 anos de muitas coisa que não fazíamos ideia de que estava acontecendo.” Afirmou Ligiane que também destacou o quanto a luta por justiça é desgastante.

“Tudo indica que é desgastante e, ao que tudo indica interminável, porque sempre tem uma forma de recorrer, sempre tem uma forma.”

A justiça neste país é benéfica a quem comete crimes, os réus sempre conseguem meios para se defender o que não foi permitido as vítimas do horror, que perderam suas vidas.

“Há 10 anos estamos na luta e não conseguimos viver o luto da perda da nossa filha e isso é cruel demais”. Ligiane também destaca que a única coisa que querem é que os acusados assumam suas responsabilidades, suas culpas e que cumpram o que tem que cumprir, que cumpram e depois vivam a vida deles e que sirva de exemplo.

“Que outros empresários não abram estabelecimentos com apenas uma só entrada, como aconteceu com a Boate Kiss, que não coloquem barra de contenção para não deixar os jovens saírem por não terem pagado a comanda.”   Destaca Ligiane, mãe de Andrielle.

Ligiane comenta que o que matou sua filha e outros 241 jovens foi a ganância. “Se a gente fala que o que matou a nossa filha foi a ganância e a impunidade gritante que todos os dias nos mata um pouco todos os dias e que também tem matado todos dias os nossos filhos, deste os dias deste o dia 27 de janeiro de 2013. Quando a achamos que iriamos sair do julgamento aliviados, mas os condenados sempre tem as artimanhas dos advogados. Sempre tem alguma coisa que vai retardando, vai deixando, vai protelando e que é muito cruel conosco, muita falta de empatia e principalmente de amor”. 

Andrielle e as amigas. Foto: Arquivo Pessoal.

O que mudou com tudo o que aconteceu em 27 de janeiro de 2013:

Ligiane Righi comenta que não observa mudanças concretas com tudo o que aconteceu . “A mudança do pensamento das pessoas, a mudança do pensamento dos jovens, pelo menos do que vêem e conversam com a gente.”  Comentou a mãe de Andrielle, que destacou que de 25 tópicos da lei de segurança em boates ficou no máximo 4, como se não fosse nada, como se não existisse a lei.

“É o cúmulo tantas vidas postas em risco quando se  postas em risco quando se abre uma boate que não cumpra com as leis, que não cumpra com tudo que tem que ser feito, com todas as regras. Infelizmente no brasil é tudo funciona só com leis. E quando as leis não são rígidas, quanto as leis não estão uni o que façam que todos sigam essa forma? Infelizmente vai acontecer outras tragédias, porque eu concretamente nada mudou. Mudou o pensamento das pessoas. Muitas pessoas estão procurando mais saídas, entradas.  Os jovens, pelo menos que eu vejo aqui em santa Maria, estão em lugares mais abertos, estão indo lugares abertos. Então, nesse sentido há uma certa conscientização, mas de forma concreta, de forma de lei. Pra que não aconteça, não mudou nada.”

Flávio, Gabrielle, Andrielle e Ligiane Righi.  Foto: Arquivo Pessoal.

Ligiane finalizou afirmando que os jovens tenham um lugar seguro para se divertir para que consigam voltar para casa e que não aconteça o que aconteceu com Andrielle, suas amigas e todos os jovens que morreram por conta da tragédia da Boate Kiss.

“Achávamos que tudo estava bem e que aquela boate era um lugar seguro e que tudo estava certo com aquela boate. Mas ela nem ao menos deveria estar aberta e receber mais de mil jovens em única noite”. 

“Tentamos fazer a nossa parte e deixar esse legado de justiça para que nenhuma família passe pela dor que nós estamos passando, Essa luta de intensante de 10 anos, desgastante e cruel. De tudo isso tiramos que não se brinca com a vida de ninguém. 242 jovens pagaram um alto prelo muito alto para se divertir, ser feliz”.  Finalizou Ligiane, mãe de Andrielle Righi, uma das 242 vítimas da tragédia da Boate Kiss em 2013.

(Esta é a parte 2 da matéria anterior, clique aqui para ler a parte 1).

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SOBRE LANE SOUSA

Lannielle Araújo de Sousa conhecida como “Lane Sousa” é uma jornalista formada pela Universidade de Ciências e Tecnologia do Maranhão – Unifacema.

Atua nas áreas de jornalismo digital e radialismo. Deste 2020 comanda o podcast de entrevistas e entretenimento o “Falando sobre isso”.

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