
Escrever o editorial desta semana talvez venha à me trazer algumas lágrimas e quem sabe uma grande reflexão na terapia (risos). Escrever sobre algo que sempre defendi e deste que me conheço por gente está presente na minha vida, a memória afetiva sempre foi apresentada para minha irmã mais velha e para mim de uma forma indireta.
Memória afetiva é tudo aquilo que aconteceu em nossas vidas, que no passado foi algo do cotidiano, mas no presente transformou nossas lembranças em bons sentimentos sobre o passado,
Os membros da minha família não cresceram adeptos ao conhecimento desses hábitos. Tanto há época, tanto a criação e o lugar fizeram que esse assunto nunca talvez fossem descobertos.
Em relação a como a memória afetiva nos foi apresentada, foi por convivências e experiencias. Eramos acostumadas a andar de canoa com o meu pai no açude do sítio do vovô, viajamos de moto para a semana santa no interior, brincávamos com os primos durante a semana santa na casa da minha bisavó e durante a vida na infância fomos apresentadas a livros infantis, músicas da época dos meus pais, brincadeiras pela casa e um cotidiano que não volta nunca mais, como dormir cedo para acordar no outro dia para esperar o presente que íamos receber no natal, aniversário e dia das crianças, aliás sobre essa última data, minha memória afetiva mais forte era esperar o dia das crianças para participar da gincana do Tio Sam Clube (sim, o mesmo clube que é um dos nossos parceiros no portal).
Muito mais se tornaram afetivas na minha vida e escrever tudo isso aqui, que eu já escrevi, sinto que tratar sobre esse assunto pode mudar o cotidiano das pessoas e transformar lembranças do passado em memórias afetivas.
Defendo que eternizar momentos por meio de fotografias, filmagens e escritos também transforma momentos em memórias afetivas.
Atenciosamente:
Jornalista, fotógrafa e escritora do conto “Uma visita para Tuti”.