Quando se trata sobre a inocência sempre atrelamos o tema a ingenuidade, e não é para menos, já que sempre unimos o tema a infância. Ser criança é o maior sinal da ingenuidade e da inocência. Como diz na canção “Eu fico com a pureza das respostas das crianças”.
A questão dessa perda de inocência são os conteúdos enfim consumidos pelas crianças, sejam eles apresentados ou não pelos pais.
Compartilho da opinião de muitos que não é algo confortável ver crianças dançando músicas com conteúdos de baixo calão, ou falando palavras ofensivas que são feias até na boca de pessoas adultas.
Este editorial não tem como foco criticar o modo de criação de ninguém, ou palpitar em como cada um deve criar ou seu filho, mas deve-se concordar que ver ou assistir uma criança cantando e dançando músicas com palavras como “senta”, por exemplo, é algo incomodo. No entanto, também devemos concordar que toda criança deve ter a supervisão de um adulto responsável e se essas crianças consomem esses tipos de conteúdos, com certeza há um adulto por trás que não vê nenhum problema no consumo desses conteúdos.
São esses mesmo adultos que repreendem as crianças que eles mesmos têm, como falar palavrões e consumir conteúdos inúteis e com certeza para as crianças, os adultos são os espelhos das crianças. É como s conseguimos ouvir uma criança dizer “Eu posso, se papai pode, eu também posso”.
Me pergunto quais serão as lembranças bonitas de infância dessas crianças daqui a 15 ou 20 anos? Será essas mesmas crianças terão coragem de relatar suas memórias mais doces, assim como nossos pais e nós mesmos já adultos dessa época temos.
Outro ponto importante e para finalizar é o uso exacerbado de telas sem supervisão de adultos, uma terra quase que sem lei, onde pedófilos se escondem atrás de uma máscara de um amiguinho da mesma idade.
Atenciosamente,
Jornalista, fotógrafa e escritora do conto “Uma visita para Tuti”.