Foi suspensa a paralisação dos rodoviários que estava prevista para ocorrer nas primeiras horas desta sexta-feira (9), na Grande São Luís. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema), a decisão foi em decorrência de um pedido feito pelo Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA), por meio do procurador Maurício Lima, que marcou uma nova audiência de mediação para a próxima segunda-feira (12), às 11h.
Ainda de acordo com o Sindicato dos Rodoviários, se não houver acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) na audiência marcada para segunda-feira sobre a garantia do pagamento do 13º salário dos trabalhadores em apenas duas parcelas, conforme a legislação em vigor, o movimento grevista será imediatamente deflagrado.
Entenda o caso
O Sttrema realizou, na manhã de sábado (3), uma assembleia geral com a categoria e decidiu por unanimidade paralisar o transporte público da Grande Ilha.
Na Assembleia Geral, realizada na sede da entidade, o presidente do Sttrema informou aos trabalhadores sobre o recebimento de um ofício, encaminhado pelo sindicato patronal (SET), informando que o 13º salário dos rodoviários que atuam no sistema de transporte público na Grande São Luís seria pago em oito parcelas mensais. Segundo o Sttrema, os trabalhadores recusaram o que foi proposto pelo SET e afirmam que o 13º salário é um direito adquirido pelos trabalhadores brasileiros.
De acordo com o presidente do Sttrema, Marcelo Brito, os empresários atrasam salários, ticket alimentação, pagamento das férias e agora sugerem o parcelamento do 13º em oito parcelas.
“Os empresários já não cumprem vários acordos, estabelecidos conforme Convenção Coletiva de Trabalho. Atrasam salários, atrasam o ticket alimentação, atrasam pagamento das férias e agora sugerem esse absurdo, pagar o 13º salário em oito parcelas. Não vamos aceitar. Isso é uma afronta e um desrespeito aos trabalhadores. Nos reunimos em assembleia geral, agora pela manhã, e foi decidido pela própria categoria cruzar os braços, pois com essa proposta indecente dos patrões não nos resta outra opção, que não seja partir para greve”, enfatiza Marcelo Brito.
Fonte: Imirante.