Passados mais de 20 anos após essa inicio da popularização da internet que começou no inicio dos anos 2000, ainda mais pessoas passaram a ter acesso, principalmente a redes sociais. Conforme o portal do Governo Federal, em 2021, 90,0% dos lares brasileiros já possuíam acesso à internet.

Dentro deste consumo da próxima internet crescendo a cada ano que passa, os adolescentes e também crianças vem a cada dia utilizando ainda mais a internet, muitas vezes sem entender os perigos que o uso exacerbado de redes sociais.

Alguns desses perigos, como explica a psicologa Abigail Medeiros são vulnerabilidade afetiva, relações familiares prejudicadas, distúrbios alimentares, sedentarismo e e obesidade, síndrome do toque fantasma (sensação de que o celular está tocando, sem que ele realmente esteja), narcismo (preocupação com a própria imagem, distúrbios de personalidade, mudanças na auto-estima, distúrbios de concentração/acadêmicos, transtornos de ansiedade, fobia e isolamento social, dependências e vícios, crimes virtuais, grooming (assédio ou abuso sexual via mídias sociais de internet), distúrbios do sono, cyberbullying e selfie-cyberbullying, e por fim, depressão e suicídio. A psicóloga também explica que as formas para encontrar possíveis problemas à saúde mental são o tempo que os jovens passam on-line, problemas emocionais (agressividade, por exemplo) e sociais, rendimento escolar ou acadêmico reduzido, postar e compartilhar conteúdo negativo ou comportamentos de risco, mentir sobre quanto tempo passa conectado, apresentam sintomas depressivos, utilizam as mídias sociais para melhorar o humor.

Ansiedade por likes (curtidas) e comentários ou para conectar-se à internet, mudanças de
comportamento (inclusive mesmos comportamentos de dependentes químicos), uso compulsivo de internet, apresentam-se obcecados por checar constantemente o telefone, contato direto com outros jovens diminuído e falta de amigos reais, vulneráveis quanto a opinião
dos outros, e apresentam egoísmo exagerado em relação à tecnologia (selfies e posts narcisistas, por exemplo).” Destacou a psicóloga Abigail, que finalizou realizando uma observação sobre os que os pais e responsáveis podem fazer para controlar o uso de redes sociais. ” Os pais podem estabelecer o horário de uso, assim como o horário de encerramento do uso da tecnologia, essa ação é mais do que limite, é prevenção e proteção da saúde dos adolescentes. Uma das formas de administrar o uso das tecnologias nos adolescentes é a orientação através do diálogo. A mesma necessidade de limitar, orientar, filtrar e acompanhar a vida social de um filho, antiga função exercida por nossos antepassados com seus filhos, segue atual, ainda que esse filho hoje esteja dentro de casa em frente a tecnologia. Sendo assim, o diálogo sobre o mundo on-line deve fazer parte da rotina familiar. A solução não é proibir o acesso e nem liberar totalmente, sem reflexão crítica, pois a internet é mais uma evolução dos processos de comunicação.”