A desembargadora federal do trabalho, Márcia Andrea Farias da Silva, determinou que haja mais uma audiência de mediação entre rodoviários e empresários do transporte público de São Luís, visando algum acordo que possa colocar fim na greve dos motoristas e cobradores, que já dura 44 dias.
A decisão aconteceu através de um medido do procurador do Município de São Luís, Bruno Duailibe, e indica que a audiência deve acontecer nesta quarta-feira (30), às 15h, na sede do Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão, no bairro Areinha, em São Luís.
Nesta terça-feira (29), uma decisão da desembargadora Márcia Andrea determinou que seja mantido 60% da frota do transporte público durante a greve dos rodoviários na Grande Ilha de São Luís. Em caso de descumprimento, os sindicatos dos rodoviários e dos empresários estão sujeitos a uma multa de R$ 50 mil .
O Sindicato dos Rodoviários afirmou que vai manter a paralisação, mesmo ciente da determinação judicial.
Quais são as reinvindicações dos rodoviários?
Nesta nova paralisação, a categoria pede um reajuste de 12% nos salários, jornada de trabalho de seis horas, ticket de alimentação no valor de R$ 800, manutenção do plano de saúde e a inclusão de um dependente e a concessão do auxílio-creche, para trabalhadores com filhos pequenos.
O que alegam os empresários?
Segundo o Sindicato das Empresas de Transportes (SET), a categoria não tem condições de aceitar as reivindicações dos trabalhadores do sistema do transporte público. Eles pedem que a Prefeitura de São Luís aumente o valor das tarifas do transporte público e, além disso, alegam problemas devido alta do preço do combustível e do óleo diesel.
E a Prefeitura?
Anteriormente, na primeira paralisação do sistema de transporte, em outubro de 2021, a Prefeitura de São Luís comunicou que havia sido feito um acordo entre o município, o SET e o Sindicato dos Rodoviários, por meio do auxilio emergencial de mais de 8 milhões de reais. Na época a passagem não foi ajustada.
Fonte: G1 Maranhão